MS exporta 80% de seus ovinos para frigorífico de SP

Mato Grosso do Sul exporta 80% de sua produção de ovinos para o frigorífico Marfrig, da cidade de Promissão, em São Paulo. Visto essa demanda e outros dados favoráveis, passamos a viajar pelo interior do Estado exibindo as tendências do mercado da ovinocultura, buscando uma diversificação na produção, e mostrando mais uma possibilidade de renda ao produtor”, afirma o superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso do Sul – SENAR/MS, Clodoaldo Martins, durante a abertura do Programa Pró-Ovinos, em Sidrolândia (MS).

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica – IBGE, indica que no ano de 2010 havia no Centro-Oeste 1.268.175 ovinos, o que deixa a região somente atrás do Sul e Nordeste do País, que assumiram, respectivamente, a segunda e primeira colocação. Já o Estado de Mato Grosso do Sul, está em 8º lugar no ranking nacional, com uma produção de 497.102 em rebanho ovino, do total de 17.380.581 desenvolvidos no Brasil.

Há estimativa de que o consumo da carne seja uma crescente, chegando a atingir em 2020, o total de 138 milhões de toneladas nos países em desenvolvimento, e 115 milhões nos países desenvolvidos. A Ásia e Oceania devem aumentar sua proporção de consumo para 37 milhões de toneladas nessa mesma época, segundo o pesquisador Fernando Alvarenga Reis, um dos palestrantes do Programa Pró-Ovinos. “Há uma relação direta entre o aumento de renda do consumidor, com a estatística de consumo de carne”, afirma o pesquisador.

Ele conta também que, pesquisadores da Universidade de São Paulo – USP, durante o ano de 2009, entrevistaram 93 pessoas e chegaram ao resultado de que 88.17% dos questionados, afirmam gostar da carne de ovinos, estimando que 79,06% mostram preferência a essa carne quanto às demais. Porém, 96,46% julgam ser uma carne mais cara em relação às outras.

Ainda conforme informações de Fernando Alvarenga Reis, em 2011, o valor da carne dobrou, com grande variação entre os estados brasileiros. No interior de São Paulo, por exemplo, o quilo do cordeiro chega a custar R$ 5,53 – vivo, e o quilo da carcaça se aproxima a R$ 12,50. A realidade do Maranhão é ainda maior em valores, alcançando a cifra de R$ 8,10 o quilo do animal vivo, e o dobro do valor quando morto. “No Estado de Mato Grosso há uma certa desvalorização, chegando a custar R$ 3,00 o quilo do animal em vida”, ressalta o palestrante.

Reis alega durante o evento, que uma vantagem para a produção brasileira tem sido a queda da importação do Uruguai, considerado um dos maiores produtores de ovinos. Em 2011, foi registrada queda de 19% na importação de cordeiro no período de seis anos. No Brasil, foram abatidos em 2010, o número equivalente a 79.300 ovelhas, para comercialização da lã e carne, enquanto que 2011 registrou o aumento para 90.140 cabeças abatidas. Ainda em 2010, o País foi responsável pela produção de 11.646.349 quilogramas de lã, sendo 10.687.809 correspondente ao Estado do Rio Grande do Sul.

“Devemos nos atentar à sazonalidade. No verão, registramos uma oferta de 20 mil cabeças, enquanto que no inverno, a oferta foi de 3 mil no Rio Grande do Sul, talvez essa seja a oportunidade de MS se inserir no mercado, com intenção de competitividade no cenário econômico, além das vantagens para o produtor do Estado”, indica a coordenadora do Programa Pró-Ovinos, Mariana Gilberti Urti.

 

fonte: Famasul

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