Uma delegação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) participará da 80ª Sessão Geral da Assembléia Mundial de Delegados da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, sigla em inglês), de 20 a 25 de maio, em Paris. Além de promover a discussão de temas relevantes para a defesa sanitária animal do planeta, durante a reunião deverá ser anunciada a mudança da classificação do Brasil para Encefalopatia Espongiforme Bovina – EEB (conhecida vulgarmente como doença da Vaca Louca) do atual risco controlado para insignificante, que é a melhor classificação de risco em relação à doença. A divulgação está marcada para a próxima quinta-feira, 24 de maio.
O parecer favorável já havia sido indicado pela Comissão Científica para Enfermidades dos Animais e pelo grupo ad hoc EEB da OIE, mas ainda dependia de um período de consulta perante os 178 países-membros da OIE. Durante 60 dias, os delegados da entidade puderam solicitar informações complementares e fazer questionamentos à OIE, o que não ocorreu.
Com a mudança, o Brasil passará a fazer parte de um grupo seleto de 15 países dentre todos os integrantes da OIE. Apesar de nunca ter registrado casos de Vaca Louca, a alteração favorecerá a retomada do mercado de tripas para a União Europeia, a exportação de animais vivos e de carne in natura com osso para países que hoje vetam a entrada de produtos brasileiros, com o argumento de o país estar classificado como risco controlado.
Tendo como tema técnico principal “Experiências e papéis nacionais e internacionais na avaliação passada e futura de Um Mundo, Uma Saúde”, o encontro abordará assuntos como a adoção de novas normas internacionais aplicáveis à prevenção e controle das enfermidades dos animais, bem-estar animal, comércio internacional de animais e produtos de origem animal e eleições para comissões regionais e comissões especializadas da OIE.
O Brasil, país membro fundador da entidade, participará das discussões e defenderá os interesses nacionais e regionais relacionados à política de sanidade animal. A comitiva brasileira será composta pelo secretário de Defesa Agropecuária, Enio Marques; pelo diretor do Departamento de Sanidade Animal (DSA), Guilherme Marques; pelo coordenador-geral de Apoio Laboratorial (CGAL), Jorge Caetano Júnior, e pelo assistente do gabinete do DSA, José Ricardo Lôbo.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento