As indústrias de Nova Andradina, Cassilândia e Campo Grande são inspecionadas pelo Governo Federal o que garante a carne, o SIF, que é o selo do Sistema de Inspeção Federal. Das 8.777 cabeças abatidas em 2011, 80% seguiu para abastecer os consumidores de São Paulo. “O valor pago pelos consumidores paulistanos acabam fazendo com que a carne ovina vá para lá. Muitas vezes, mesmo com os frigoríficos locais compensa ao produtor arcar com o valor do frete”, apontou Fernando Alvarenga, palestrante do programa Proovinos, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar/MS.
Durante a palestra Alvarenga expôs que a carne ovina é considerada uma iguaria, muito apreciada devida sua maciez, sabor e suculência. “Os gaúchos em Mato Grosso do Sul trouxeram o hábito de comer a carne de cordeiro, que está em franco crescimento em MS”, finaliza.
O produtor de ovino tem vantagem na hora da comercialização do produto, uma vez que o preço pago pela carne varia entre 20 e 40% acima da bovina para o produtor. Os valores em MS podem variar de R$ 5 a R$ 10 o quilo, dependendo da idade do animal e qualidade do produto, porém o custo de criação e manejo do ovino também superior quando comparado à pecuária bovina.
Conforme os dados do Infoagro, revista anual organizada pela Federação da Agricultura e Pecuária de MS – FAMASUL e que será lançada em julho deste ano, a criação de ovinos está presente em 17% do total de propriedades no MS. “A atividade pode se tornar em pouco tempo um negócio lucrativo, poderá ser uma o portunidade de diversificação para o produtor rural, porém a falta de organização e de integração da cadeia produtiva acaba dificultando a geração e a difusão de tecnologias e a estruturação de canais de comercialização necessários para o bom andamento da atividade”, aponta a assessora de economia da FAMASUL, Adriana Mascarenhas, uma das responsáveis pela produção da revista.
fonte: ANCO