Foi aprovado por unanimidade na Câmara Municipal de Valadares o Projeto de Lei (PL) nº 075 processo nº 663/13 que obriga a inclusão da carne de caprinos ou ovinos na merenda escolar das escolas municipais valadarenses. De autoria do vereador Dr. Marcílio (PMDB), a Comissão de Serviços Públicos Municipais (CSPM) e a Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (CFFO) também opinaram na aprovação da matéria.
Segundo o autor da proposta, Valadares possui 13 distritos que correspondem a 5% da população total do município. Ou seja, em um município com aproximadamente 280 mil habitantes, entre 12 mil a 15 mil pessoas estão na zona rural e são incentivadas a participar do projeto de agricultura familiar. “Por meio do projeto, eu estou dando uma oportunidade ao setor rural de Valadares de ter uma demanda para suas criações. É uma oportunidade de fixação no campo, pois a cada dia mais o que vemos são pessoas do campo vindo para a cidade e vivendo na periferia, enfrentando todos os problemas da urbanização. Ao mesmo tempo, o PL introduz na merenda uma proteína de alta qualidade”, disse o vereador, que também é médico.
Alternativa financeira para a população do campo, de acordo com Marcílio, a criação de pequenos animais atenderá à demanda de um mercado que tem verba para consumir o produto e profissionais capacitados para o preparo da merenda escolar. “Eu só pedi cabritos e cordeiros criados na região de Valadares, justamente para valorizar o microempreendedor do campo que temos aqui. Não adianta fazer um PL desse e vir um caminhão de carne da Bahia, por exemplo. Terá que ser carne da nossa região”, explicou.
No PL aprovado, as carnes caprina e ovina serão inseridas no cardápio escolar uma vez por mês, tempo que Marcílio considera necessário para que os alunos se habituem ao alimento. “Acredito que no futuro esse tipo de carne poderá ser consumida uma vez por semana. Quando bem feita, é um alimento que a maioria das pessoas gostam. Além disso, a merenda escolar passa por uma nutricionista, que pensará na melhor maneira de inserir esse alimento na vida das crianças”, finaliza.
As informações são do jornal Diário do Rio Doce, resumidas e adaptadas pela Equipe FarmPoint.