Ministro incentiva vacinação no Nordeste e visita áreas afetadas pela seca.

Engajado em demonstrar a importância de se vacinar o rebanho de bovinos e búfalos do Brasil, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Mendes Ribeiro Filho, participou da abertura da primeira etapa da campanha em Pernambuco e no Ceará nesta sexta-feira, 1º de junho. Nos dois estados – assim como Alagoas, Maranhão, Pará (parte centro-norte) e Piauí – a vacinação foi transferida de maio para junho em razão das seis unidades estarem participando do inquérito soroepidemiológico para avaliar se há ou não circulação do vírus da febre aftosa na área.

A agenda do ministro começou com a solenidade de lançamento da vacinação no município de Venturosa, no agreste pernambucano. Reunido com produtores e autoridades, Mendes Ribeiro destacou a importância do empenho de todos na imunização e verificou os prejuízos que a estiagem vem provocando na região. Para amenizar a falta de alimentação enfrentada pelos animais, foi anunciada a venda de milho ao produtor, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Estima-se a redução do rebanho em 30% por causa da retirada dos animais para outros estados em razão da seca.

Ele também assinou um convênio de defesa sanitária vegetal de R$ 5,6 milhões, realizou a entrega do Cartão do Produtor – que permitirá a emissão da Guia de Trânsito Animal Eletrônica (e-GTA) pelo próprio pecuarista – e fez a entrega simbólica de 33 veículos para a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro).

“Estamos tendo avanços significativos e essa mudança de status possibilitará superar a crise provocada pela seca. Isso vai atrair empresas, gerar empregos e até permitir a exportação de carne”, destaca Mendes Ribeiro.

À tarde, o ministro acompanhou a abertura da campanha no Ceará. Ele participou de uma cerimônia no Parque de Exposição João Passos Dias, no município de Sobral, e também aplicou a vacina em um animal. Na conversa com autoridades, produtores e representantes do setor agropecuário, ele reforçou a importância do envolvimento de todos no processo de imunização e garantiu que não faltará apoio do governo federal para que os estados sejam reconhecidos como livres de aftosa com vacinação em breve.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) espera que 158,8 milhões de cabeças sejam vacinadas nesta primeira fase em todo o Brasil e que o índice de cobertura vacinal alcançado na mesma etapa em 2011 (97,4%) seja superado.

Em Pernambuco, 2,4 milhões de bovinos e bubalinos estarão envolvidos nessa fase. O rebanho cearense que será vacinado é de, aproximadamente, 2,6 milhões de bovídeos. Ambos apresentaram índice médio de cobertura vacinal de 94,7% e de 92,2% em 2011.

Os cuidados necessários para uma adequada imunização do gado são: vacinar dentro do período estabelecido; adquirir vacinas em revendas autorizadas; conservar em temperatura correta (de 2 a 8°C) até o momento da aplicação; aplicar a dose certa (5 ml) na região da tábua do pescoço com agulhas e seringas em bom estado e limpas e manejar os animais com o mínimo de estresse e nos horários mais frescos do dia.

Após o término da vacinação, os pecuaristas têm até o dia 15 de julho para entregar a declaração nas Unidades Veterinárias Locais (UVLs) ou nos Escritórios de Atendimento à Comunidade (EACs) dos seus estados. Os produtores que não cumprirem com as suas obrigações serão impedidos de movimentar seus animais até regularizar a situação, terão a vacinação acompanhada e serão autuados.

Fonte: MAPA

Câmara Setorial debate na Embrapa pesquisas em benefício de cadeias produtivas

Uma agenda de ações de pesquisa alinhada com as demandas estratégicas das cadeias produtivas da caprinocultura e da ovinocultura. Este foi o destaque nos debates da reunião da Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, realizada na sede da Embrapa Caprinos e Ovinos, em Sobral (CE), nesta quinta-feira (17). Em pauta, além da agenda de P&D da Unidade, projetos e programas com participação da Embrapa voltados para beneficiar o setor produtivo: a Rede de Transferência de Tecnologia e Inovação para a Caprinocultura e Ovinocultura Brasileira (RICO), o Estudo Zoosanitário da Caprinocultura e da Ovinocultura Tropical e a Rota do Cordeiro.

Na apresentação da RICO, o pesquisador da Embrapa Caprinos e Ovinos Vinícius Guimarães destacou que o projeto contempla várias ações da Agenda Estratégica 2010-2015 do Ministério para as cadeias de ovinos e caprinos. Entre elas, o mapeamento estatístico das cadeias (com dados de rebanho, produção e mercado), a capacitação de atores de assistência técnica e o estímulo à governança das cadeias. Ele ressaltou o papel do Centro de Inteligência, cuja criação é uma das metas do projeto. “Teremos capacidade de indicar dados sobre rebanhos, preços de leite e carne, onde as tecnologias estão sendo utilizadas”, disse ele.

Para o coordenador da Câmara Setorial, Paulo Márcio Araújo, a RICO terá um potencial de atender à demanda por assistência técnica, extensão e capacitação, que segundo ele é uma das maiores necessidades das cadeias produtivas. “Trata-se de um trabalho fundamental, que pode não dar resultado daqui a seis meses, um ano, mas que a longo prazo dará frutos”, avaliou ele.

A pesquisadora Lauana Barbosa conduziu a apresentação sobre o Estudo Zoosanitário, projeto iniciado em 2009, que está mapeando as principais doenças de pequenos ruminantes em nove estados brasileiros. “A escassez de dados epidemiológicos e o desconhecimento do perfil zoosanitário dos rebanhos brasileiros estava nos privando de tomar certas decisões sobre sanidade animal”, explicou Lauana.

De acordo com a pesquisadora, o Estudo tem encontrado também gargalos, como a baixa capacidade para diagnóstico de doenças em pequenos ruminantes no Brasil, o custo elevado de exames e os casos em que os produtores conhecem as tecnologias para prevenção e combate às enfermidades, mas não as adotam na prática. “Temos que trazer isso à discussão: se os motivos são culturais, falta de mão de obra, ou outros”, frisou ela.

O presidente da Câmara Setorial, Edilson Maia, afirmou que a entidade terá o compromisso de apoiar os esforços na área de sanidade animal. “Todos apoiarão esta demanda”, disse ele. Já o chefe-geral da Embrapa Caprinos e Ovinos, Evandro Holanda Júnior, propôs a montagem de um grupo de trabalho para avaliar propostas como a instalação de uma rede de laboratórios para diagnóstico, com participação de Estado e iniciativa privada.

O debate sobre as ações da Rota do Cordeiro no Ceará, primeiro estado a implantar o programa, foi conduzido pelo pesquisador Octávio Morais e por Antônio Nunes, da Coordenadoria de Apoio às Cadeias Produtivas da Pecuária da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (DAS) do Estado do Ceará. O Rota do Cordeiro compõe o programa Rotas da Integração, do Ministério da Integração Nacional e propõe a criação de núcleos de inovação tecnológica para ovinocultura de corte em seis estados brasileiros.

Cada núcleo terá ações de melhoramento genético animal, fábrica de ração, centro de produção intensiva de forragens e centro de terminação, que receberá animais de rebanhos de cada região. Segundo Octávio, não há intenção de se trabalhar com raças específicas, mas com os animais já existentes em cada região, já adaptados ao ambiente. O programa pretende aperfeiçoar os modelos de produção, garantindo aos produtores melhores oportunidades de inserção no mercado.

Evandro Holanda ressaltou que a proposta do Rota do Cordeiro tem o desafio de mobilizar parceiros para seu funcionamento. Segundo ele, o fato do convênio do Ministério da Integração se efetivar com as secretarias estaduais se dá pelo fato dessas instituições garantirem programas de compras, assistência técnica, projetos de recursos hídricos. “Há um desafio para a governança local, muito a ser trabalhado pelos agentes públicos e pelo setor produtivo”, afirmou ele.

A reunião da Câmara Setorial contou também com participação de autoridades como o secretário adjunto de Agricultura e Pecuária de Alagoas, José Marinho, que trouxe à Embrapa uma proposta de parceria com o programa estadual Mais Ovinos e a secretária da Agricultura e Pecuária de Sobral, Luiza Barreto. “É importante para Sobral sediar esta reunião, em momento em que se fortalecem as cadeias”, destacou ela, cuja Secretaria está à frente do projeto Cordeiro de Sobral, proposta para beneficiar a ovinocultura de corte em Sobral e municípios próximos, com apoio da Embrapa.

As informações são da Embrapa Caprinos e Ovinos.

De 10 a 15 de abril expobahia, segunda etapa do Ranking Nacional da Raça Santa Inês.

A ExpoBahia acontece de 10 a 15 de abril de 2012 no Parque de Exposições Agropecuárias de Salvador e pretende reunir criadores e produtores de caprinos e ovinos dos estados da Bahia, Minas Gerais e São Paulo.

Em sua décima edição, a exposição trará mais uma vez A Copa Dente de Leite, uma competição promovida pela Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos da Bahia – ACCOBA que irá premiar os melhores animais com idade de até 12 meses. A Copa Dente de Leite distribuirá 15 mil reais de premiação em dinheiro para os expositores associados à ACCOBA.

A ExpoBahia será a segunda exposição do Ranking Nacional da Raça Santa Inês promovido pela ABSI, sendo a primeira do calendário de 2012 no Nordeste .

Maiores informações sobre a  ExpoBahia você acompanha aqui no portal da ABSI ou acessando www.accoba.com.br

MT GANHARÁ MAIS UM FRIGORÍFICO PARA ABATE DE CAPRINOS E OVINOS.

Criadores de caprinos e ovinos de Cuiabá e cidades próximas podem ser favorecidos com a inauguração de um frigorífico específico para abate desses animais na Capital matogrossense. Em todo Estado, existe atualmente apenas duas plantas frigoríficas habilitadas para realizar o processamento desses animais, sendo uma localizada em Alta Floresta e outra em Rondonópolis, conforme informações da Associação Mato-grossense dos Criadores de Ovinos (Ovinomat).

Diretor tesoureiro da entidade, Antônio Carlos Carvalho, comenta que foi constituída uma cooperativa, integrando 27 criadores da Baixada Cuiabana, com o objetivo de inaugurar um frigorífico de abate de ovinos e caprinos em Cuiabá. Escolha foi motivada pela proximidade com os consumidores, já que a Capital agrega maior quantidade de supermercados e restaurantes.

Inauguração da planta frigorífica contribuirá para aumentar o consumo interno da carne produzida no próprio Estado, reduzindo a importação do produto de outras regiões do país e baixando o custo do alimento ao consumidor final. “Hoje, 80% da carne ofertada nos supermercados daqui é trazida de outros estados”. Rebanho estadual de ovinos e caprinos é constituído por uma média de 1 milhão de animais, espalhados em 3 mil propriedades.

Em Mato Grosso, a ovinocultura tem predominado nas pequenas propriedades, mas, segundo Carvalho, é uma alternativa viável para aquelas maiores, associando a atividade à pecuária e agricultura. Responsável pelo acompanhamento do rebanho mantido na Estância Celeiros, em Rondonópolis o médico veterinário Guilherme Machado comenta que o consumo da carne de cordeiro tem se mantido estável, registrando variação sazonal no final do ano. “Encaminhamos para abate cerca de 500 animais por mês”. Esse número é abatido no frigorífico Rondonópolis, sendo comercializado em seguida nos açougues e supermercados da região.

fonte: A Gazeta

PROGRAMA PRÓ-OVINOS PRETENDE SENSIBILIZAR 750 PRODUTORES DE SEIS MUNICÍPIOS DE MS.

Com aproximadamente 700 mil cabeças de ovinos, Mato Grosso do Sul é o 8º maior rebanho ovino entre os estados brasileiros, o maior da região Centro-Oeste, segundo dados do IBGE. Comparado ao rebanho nacional, estimado em 16,4 milhões de cabeças, ainda conforme o Instituto, MS detém pouco mais de 4% do rebanho brasileiro. Com intuito de incentivar a produtividade do setor como atividade sustentável, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar/MS cria em 2012 o Programa Pró-ovinos.

O Programa pretende disseminar técnicas de criação, por meio de palestras, mesas redondas e painéis voltados para o produtor rural, acadêmicos envolvidos com o segmento agropecuário, empresários e profissionais do setor, e interessados na área. A previsão é de atender 750 produtores em seis municípios de MS, além de promover o incremento na produção de cordeiros de corte de qualidade.

Ao todo, serão ministradas 30 palestras técnicas com a temática da Criação Sustentável nas cidades de Sidrolândia, Anastácio, Dourados, Coxim, São Gabriel do Oeste e Campo Grande. Aproveitando o encerramento das palestras, que será na Capital, será realizado o 1º Encontro Sul-mato-grossense da Ovinocultura, previsto para o segundo semestre de 2012, no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul – Famasul.

“A meta é expandir o mercado, implantar novas tecnologias e proporcionar uma nova visão de comercialização e organização social da categoria, bem como o intercâmbio entre os envolvidos na cadeira produtiva da ovinocultura”, explica o superintendente do Senar/MS, Clodoaldo Martins.

A primeira cidade a receber a palestra será Sidrolândia (MS), no dia 31 de janeiro, das 7h30 às 16h30, no Parque de Exposições da cidade.

Agricultores do Alto Sertão começam a servir silagem a ovinos.

Criadores de ovinos e caprinos do Alto Sertão alagoano iniciaram o fornecimento de silagem aos animais como uma forma de complementar a alimentação no período de estiagem, que já se iniciou. Em algumas propriedades, o material servido aos rebanhos foi elaborado a partir do sorgo forrageiro SF-15, variedade desenvolvida e registrada pela Diretoria de Pesquisa da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Dipap/Seagri), numa parceria com o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA).

De acordo com o engenheiro agrônomo Fernando Gomes, pesquisador da Dipap, foram implantadas unidades demonstrativas de silo sincho com sorgo forrageiro em seis municípios. Em cada uma delas, foram utilizadas duas tarefas de terra. “Um dos primeiros a abrir a silagem e servir aos animais foi o produtor José Ramalho, do Sítio Mundo Novo, em Olho D’Água do Casado, e nós estivemos lá esta semana para registrar a qualidade do material”, contou o pesquisador.

Segundo ele, o silo sincho – feito na superfície e em formato arredondado – ficou em “descanso” por 50 dias. “Só agora, após esse período, é que ele está pronto para ser fornecido aos animais”, recomendou Fernando Gomes. De acordo com ele, a ação da Seagri de estimular e orientar os agricultores na elaboração da silagem faz parte do Programa Alagoas Mais Ovinos e do Arranjo Produtivo Local (APL) de Ovinocaprinocultura.

“A maioria desses produtores, inclusive os que participaram dos Dias de Campo nas unidades demonstrativas, são participantes do APL e do Mais Ovinos. Para que o rebanho se desenvolva, é preciso ter uma boa alimentação, especialmente agora na época da estiagem”, argumentou o pesquisador da Dipap.

Segundo ele, a implantação das unidades demonstrativas de sorgo faz parte de um projeto que tem apoio do Banco do Nordeste. “Um hectare de sorgo produz entre 50 e 80 toneladas de massa verde, enquanto um hectare de milho produz em torno de 18 toneladas por hectare. O sorgo consome apenas 50% da água consumida pelo milho e, dessa forma, tem mais resistência aos períodos de estiagem. Assim, é importante que ele seja usado na silagem”, avaliou o diretor da Dipap, Teodorico Araújo.

O secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, Jorge Dantas, avalia que tanto as ações da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) quanto a pesquisa são necessárias para melhoria das condições de produção do agricultor familiar. “Todas elas são iniciativas que visam atender demandas dos produtores, a exemplo do sorgo SF-15, já adaptado às condições naturais do Sertão”, comentou Dantas.

fonte: ANCO