MINISTRA DO MEIO AMBIENTE DEFENDE VETO AO NOVO CÓDIGO FLORESTAL

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, declarou nesta segunda-feira ser favorável a um veto presidencial ao novo Código Florestal e demonstrou preocupação com a insegurança jurídica que o texto pode trazer.

“A posição da ministra é pelo veto. Não tenho nenhum problema em dizer isso”, afirmou Izabella durante debate no Senado sobre a Carta da Terra, segundo a assessoria de imprensa da ministra. A Carta da Terra é uma declaração de princípios éticos voltados à construção de uma sociedade global sustentável.

“Não tenho nenhum problema em pedir o veto ao Código Florestal”, disse a ministra, acrescentando que é necessário produzir regras claras, e não uma legislação “puxadinho”.

“Tenho problema é de lidar com a realidade depois disso (do veto), de garantir condições para quem produz alimentos e protege o meio ambiente, com inclusão social”, afirmou.

A Câmara dos Deputados aprovou o novo Código Florestal, no fim de abril, com algumas lacunas na parte do texto que trata da recuperação de vegetação nas margens de rios. A aprovação do projeto, com o apoio da bancada ruralista, desagradou o Planalto, que defendia a manutenção do texto produzido por senadores em dezembro do ano passado, por considerá-lo mais equilibrado.

Segundo uma fonte do governo próxima às negociações, a falta de exigência de reflorestamento ao longo de rios com mais de 10 metros de largura, que está no texto aprovado pela Câmara, configura na prática uma anistia a quem desmatou nessas áreas.

O texto do Código Florestal ainda está na Câmara dos Deputados, aguardando assinaturas de integrantes da Secretaria da Mesa para ser encaminhado ao Palácio do Planalto. A partir do momento em que receber oficialmente a redação final do código, a presidente Dilma Rousseff terá 15 dias úteis para sancionar ou vetar a proposta.

Se Dilma retirar os dispositivos que trata da recuperação em margens de rios, torna-se necessária a edição de uma medida provisória para preencher essa brecha.

 

fonte:  Reuters

 

Comissão Nacional de Caprinos e Ovinos da CNA debate sugestões da iniciativa privada para próximo plano agrícola e pecuári.

Os integrantes da Comissão Nacional de Caprinos e Ovinos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) debateram, nesta terça-feira (27/03), em Brasília, as sugestões da cadeia produtiva para o Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013, que deve ser anunciado pelo Governo federal até junho deste ano. No plano, lançado anualmente, o governo define o montante total e as especificidades das linhas de crédito direcionadas para o setor agropecuário. As sugestões serão avaliadas pelos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e do Desenvolvimento Agrário (MDA). Se aceitas pelo Governo federal, as sugestões serão incluídas no próximo plano agrícola e pecuário.

Uma das medidas sugeridas pela Comissão Nacional de Caprinos e Ovinos da CNA é a redução da taxa de juro dos financiamentos para custeio e retenção de matrizes de 6,5% para 4,5% ao ano. “A redução vai contribuir para a redução dos custos da atividade”, afirmou o presidente da Comissão, Francisco Edilson Maia. A sugestão é que o limite do financiamento seja de R$ 130 mil por produtor e R$ 2 mil por animal, com de dois anos para pagamento, incluindo um ano de carência. Outro pedido é para manutenção dos mecanismos de apoio a comercialização, especialmente a Linha Especial de Crédito (LEC) para leite de ovelha, leite de cabra e para lã (nas três categorias de qualidade).

Também foi discutida a parceria firmada, por meio de termo de cooperação, entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para capacitação técnica. Nesta semana, 28 técnicos, instrutores do Senar, da área de ovinocultura de corte, participam de capacitação, atividade desenvolvida na unidade da Embrapa de Sobral (CE). Estão programadas outras capacitações para os meses de abril e maio.

Na reunião de hoje, o presidente da comissão também apresentou a maquete da planta referencial de abate de ovinos e caprinos, desenvolvida a partir das necessidades da cadeia produtiva. A unidade atende a rigoroso modelos de produção. Quando instalada, a planta permitirá, também, o abate de suínos e bovinos, num total de 40 a 80 animais por dia. “Essa planta segue um projeto-padrão, garantindo maior qualidade ao produto oferecido no mercado brasileiro”, afirmou.

 

fonte; CNA