Tendências de mercado para ovinocultura são discutidas na SECOB

Nesta quarta-feira (5), segundo dia da VIII Semana da Caprinocultura e da Ovinocultura Brasileiras (SECOB), os participantes puderam discutir tendências de mercado para os produtos da caprinocultura e ovinocultura. O debate, realizado no Auditório Central da Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral-CE), foi iniciado pelo professor Paulo Niederle, do Departamento de Economia Rural e Extensão da Universidade Federal do Paraná (UFPR), com sua palestra sobre a construção social de mercados para a pecuária familiar no Brasil. Ele apontou mudanças em padrões de consumo que podem favorecer produtos antes só comercializados em mercados muito específicos, como os orgânicos, tradicionais e os de indicação geográfica.

De acordo com Niederle, as noções dos consumidores sobre a qualidade dos produtos tendem a acrescentar variáveis como a preocupação com saúde e sustentabilidade, a justiça social no processo produtivo, a tradição e origem dos produtos. “Os produtos orgânicos e agroecológicos tinham, no início, mercados locais, feiras específicas, mas hoje estão sendo incorporados por grandes redes varejistas que, atualmente, já se tornaram os maiores vendedores deste tipo de produto no Brasil”, exemplificou o professor.

Na avaliação dele, produtos como os derivados do leite caprino e ovino e da carne desses animais têm potencial para inserção nestes novos mercados, desde que os arranjos produtivos favoreçam a agregação de valor e divulgação destes produtos. Ele tomou como exemplo o caso de marca coletiva do território de Alto do Camaquã (RS), onde a atuação conjunta da Embrapa, associações de produtores, Emater, governo estadual e universidades trouxe resultados como a “cesta” que inclui produtos e serviços, como carne de cordeiro, artesanato local e roteiros turísticos.


Após a palestra, o espaço foi aberto para mesa redonda com os participantes do evento e também com dois convidados que deram sua contribuição via videoconferência: os empresários do ramo de produção de leite de cabra Maria Pia Paiva (Capril Sanri) e Paulo Cordeiro (Caprilat). Maria Pia apontou que ainda há necessidade de informação sobre as preferências do consumidor do leite caprino e seus derivados a serem supridas. “Será que estamos fazendo os produtos que o consumidor prefere? Ainda não conhecemos bem nosso mercado, o que querem os compradores”, ponderou ela.

Paulo Cordeiro afirmou que a cadeia produtiva deve se preocupar com uma melhor divulgação dos derivados do leite de cabra e seus benefícios. O empresário cobrou também uma legislação específica referente à qualidade do leite caprino e a preocupação com a inserção de novos produtos no mercado nacional, como forma de ampliar as possibilidades de oferta. A mesa redonda do segundo dia contou ainda com participações de representantes de órgãos governamentais, laticínios, produtores rurais e empresas privadas.


Adilson Nóbrega
Embrapa Caprinos e Ovinos
MTB/CE 01269JP

Adab planeja operações de fiscalização do trânsito nas estradas da Bahia

A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), órgão vinculado à Secretaria da Agricultura, já tem programadas ações de fiscalização do trânsito até janeiro de 2013. A iniciativa da Coordenação de Barreiras Sanitárias da Agência tem contribuído para a diminuição do comércio ilegal de material clandestino nas estradas estaduais e federais em território baiano. Nos últimos dois meses as equipes inspecionaram 568 veículos que transportavam produtos de origem animal, vegetal e animais, totalizando 507 fiscalizações.

Todas as operações contaram com o apoio de 31 policiais militares, 29 Médicos Veterinários, 13 Engenheiros Agrônomos, 43 Auxiliares de Fiscalização e oito balanceiros nas várias Coordenadorias da Adab. As equipes fiscalizaram cerca de 740 mil animais, quase três toneladas de produtos de origem vegetal e 54 toneladas de produtos de origem animal. Os produtos apreendidos na BR-101 e impróprios para consumo foram destruídos no local ou conduzidos ao aterro sanitário mais próximo dos lugares da apreensão.

“Os alimentos destruídos ofereciam risco à saúde da população e à agricultura do Estado”, explica o Diretor Geral da Adab, Paulo Emílio Torres. “Por isso, as ações das barreiras sanitárias fixas e móveis nas estradas são de extrema importância. Os profissionais que atuam nessas operações também são responsáveis pela segurança alimentar na medida em que impedem a circulação de produtos impróprios ao consumo”, enfatiza Torres, lembrando que o Estado da Bahia possui uma extensa área territorial, fazendo divisa com oito unidades da federação.

“Esta condição implica em alta vulnerabilidade à introdução de pragas e doenças de importância econômica e quarentenária”, completa o Coordenador de Barreiras Sanitárias da Adab, Roberto Pacheco. “Desta maneira torna-se necessário o fortalecimento do sistema de vigilância epidemiológica, intensificando as fiscalizações móveis e fixas, visando disciplinar o trânsito de animais, vegetais e produtos de origem animal, garantindo assim a segurança sanitária da agropecuária baiana”, destaca Pacheco, ressaltando que as equipes das barreiras sanitárias foram estrategicamente posicionadas e em algumas rodovias estaduais.

A operação também resultou em informações sobre a circulação de material de origem agropecuária no Estado. “Pudemos observar a mapear a especificidade de cada área, constatando as necessidades de fiscalização para as regiões fiscalizadas”, esclarece o Diretor de Defesa Animal da Adab, Rui Leal. “O trabalho foi bastante proveitoso e positivo. A partir de agora as fiscalizações no trânsito serão intensificadas nas estradas em todo território baiano para garantir a sanidade do rebanho, a fitossanidade das lavouras e a segurança alimentar da população”, finaliza Leal.

fonte: Agencia de comunicação do estado da Bahia

BB ajusta estratégia para cooperativas

Depois de encerrar agosto com desempenho recorde em sua carteira de crédito destinada às cooperativas, o Banco do Brasil decidiu criar uma gerência executiva para desenvolver ações capazes de promover um crescimento de 20% ao ano. No total, a carteira do banco para associações agropecuárias, crédito rural e transportes alcançou R$ 6,8 bilhões em agosto, índice 18,36% superior ao mesmo mês do ano passado. A previsão para o fim de 2012 é chegar a R$ 7 bilhões. O plano de dar mais ênfase às cooperativas foi idealizado pelo vice-presidente de Agronegócios e Micro e Pequenas Empresas do BB, Osmar Dias.

Por meio dessa nova gerência, o objetivo é fortalecer a integração entre as cooperativas e o Banco do Brasil, aumentando os financiamentos. “As cooperativas podem atuar como um catalisador do banco ao pegar uma linha de crédito e distribuí-la entre seus cooperados”, afirmou o gerente-executivo da Gerência de Negócios com Cooperativas (Genec), Álvaro Tosetto.

Ainda em fase de avaliação, a Genec estuda o atendimento dado pelas agências bancárias às cooperativas em todo o país. Porém, foi identificado nos primeiros levantamentos a necessidade de melhorias na utilização dos serviços do banco. “Pretendemos sair somente do crédito para caixas automáticos, cartões, seguros, entre outros. Dessa maneira, Tosetto avalia que uma cooperativa tem condições de usar mais produtos. “E fazer todas as suas transações em um só lugar, com uma só pessoa”, reforça.

Segundo o gerente, por enquanto não foi detectada a necessidade de criação de novas linhas de crédito. A ideia é trabalhar diretamente com as cooperativas mostrando como realizar projetos para liberação de financiamentos. “Na semana passada visitamos a Coopercitrus, em Bebedouro (SP), e mostramos como funciona o programa ABC – plano do governo para estimular a adoção de práticas agrícolas mais parceiras do meio ambiente. Tosetto avalia que o encontro auxiliou a cooperativa a fazer diferentes projetos para serem apresentados aos produtores.

“Uma cooperativa pode contratar um crédito para vender insumos e revendê-los para seus associados. O produtor pode se beneficiar com preços menores provenientes de uma grande compra”, explicou o executivo.

Entretanto, Tosetto compreende que é necessário o treinamento das equipes das agências para que elas ofereçam mais serviços e de forma simples. Em todo o Brasil, existem cerca de 6,5 mil cooperativas e mais de 10 milhões de cooperados, segundo dados do ano passado da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). O BB trabalha com 598 delas, mas quer aumentar esse número nos próximos anos.

fonte: valor economico

OVINOCULTURA CONTINUA CRESCENDO EM MATO GROSSO

De acordo com o zootecnista e coordenador estadual da cadeia produtiva da ovinocaprinocultura da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf) Paulo de Tarso, o Estado tem potencial para se transformar no maior produtor do país, porém precisa vencer alguns desafios.

Entre eles a necessidade da implantação de ações voltadas ao incentivo do consumo, além de levar conhecimento ao produtor de que a atividade pode ser rentável, com o atrativo de ocupar um pequeno espaço na propriedade. O coordenador aponta como um dos principais ganhos este ano a entrada da Federação da Agricultura e Pecuária (Famato) nas atividade do setor.

O primeiro dia de campo do setor Famato em Campo reuniu aproximadamente 200 pessoas na Fazenda Herkapi, em Sorriso. O presidente da Famato, Rui Prado, ressaltou que a entidade está empenhada em incentivar outras atividades econômicas, como a produção leiteira, a ovinocultura e também a piscicultura. Prado disse ainda que Estado oferece inúmeras oportunidades para diversificar a produção e desenvolver outras cadeias produtivas com potencial, mas que ainda são consideradas pouco expressivas, como a ovinocultura.

O Estado possui um rebanho de 1,4 milhões de cabeças de ovinos, de acordo com dados do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado Mato Grosso (Indea), e cresce a uma taxa de 27% ao ano, respondendo por cerca de 11% do rebanho nacional, que é de 17 milhões de animais. Na avaliação de Paulo de Tarso, a partir de planejamento e eficiência na criação, como pilares para a boa produção, a atividade pode ser uma alternativa para diversificar a geração de renda no campo.

A fazenda Harkapi é considerada modelo na criação de ovinos e na integração lavoura pecuária. A família Piccoli entrou na atividade em 2006 com 30 animais. Hoje são 2.500 cabeças das raças Santa Inês, Dorper, Lacaune, White Dorper e Texel que ocupam apenas 35 hectares da propriedade. Segundo o proprietário, Hernandes Piccoli, o mais interessante é mostrar que é possível criar ovinos em integração com outras culturas, como soja e milho e também a pecuária de corte ocupando áreas mais acidentadas, que não são mecanizáveis.

Paulo de Tarso destaca ainda a implementação da comercialização como outro incentivo para os produtores, que até pouco tempo não tinham onde vender sua produção. Recentemente foi dado início às obras de um frigorífico em Terra Nova do Norte – com Inspeção Federal – e ainda há dois grandes frigoríficos em Rondonópolis e outro em Alta Floresta, além de haver compradores de outros estados vindo buscar o produto em Mato Grosso. “Não podemos mais reclamar que existe só um comprador, as opções a cada dia que passa aumentam”.

As informações são do jornal A Gazeta, adaptadas pela Equipe FarmPoint.

EXPOAGRO BAHIA 2012 ratifica a força do criadores de Santa Inês.

A Bahia mostra a força e a dedicação dos criadores da Raça Santa Inês. com julgamento marcado a partir de quarta-feira 08 de agosto, a exposição traz mais de trezentos animais da raça para julgamento. Na sexta feira esta agendado o leilão Africano e convidados as 21:00 no Recinto Bambuzal – Parque de Exposições Agropecuárias de Salvador.