GENECOC – AQUI!

COMO FUNCIONA O GENECOC

Uma vez associado ao programa, o produtor receberá um login e uma senha para seu acesso ao sistema de gerenciamento de rebanhos. O passo seguinte será o cadastro de todos seus animais no sistema. Esse cadastro será realizado pela centro de processamento do Genecoc na ABSI, sendo imprescindível a identificação única e exclusiva da cada animal, como formade padronização o animal será cadastrado através do seu FBB, este jamais poderá ser reutilizado (o sistema bloqueia o cadastro).

A coleta de dados está relacionada aos diferentes períodos da exploração, como estação de monta, nascimento, desmama, pós-desmama, acabamento, etc. O criador tem a sua disposição, em tempo real, relatórios que apresentam informações sobre relação de fêmeas não prenhes; número de serviços por concepção; fertilidade ao parto; prolificidade; previsão de nascimentos; intervalo de partos; idade à primeira cria; índices de produtividade e eficiência produtiva de fêmeas; taxa de desmama e quilogramas de crias desmamadas em relação ao número de fêmeas expostas; taxas de sobrevivência relativas a cada uma das fases da exploração, isto é, produção, recria e acabamento; período de gestação; pesos e ganhos de peso.

Para aqueles produtores que não possuem facilidade de acesso diário à internet e desejam participar do programa, o GENECOC apresenta a alternativa de que os dados possam ser registrados em planilhas próprias, na propriedade, e enviados de forma eletrônica ou via correios para a ABSI. Os dados são digitados então por estagiários do programa. Desta forma, estes associados receberão as informações sobre sua propriedade na forma de relatórios enviados pela(s) mesma(s) via(s).

As informações coletadas permitem a realização de avaliações genéticas, que são disponibilizadas por meio de Diferenças Esperadas na Progênie (DEP’s) para idade à primeira cria, intervalo de partos, período de gestação, dias para o parto (para quem faz estação de monta), perímetro escrotal, prolificidade, peso total das crias ao desmame, pesos e ganhos de peso relativos às diferentes idades.

As DEP’s geradas por estas avaliações são disponibilizadas na forma de sumários individuais para o respectivo rebanho e também disponibilizadas de forma online, no sistema de gerenciamento de rebanhos, para que o produtor possa utilizá-las nas ferramentas disponíveis à seleção.

Além das avaliações genéticas, o GENECOC é responsável pelo armazenamento dos dados em servidor próprio do programa, garantindo o sigilo tanto sobre os dados quanto sobre as informações obtidas, em conformidade com os associados. O controle de acesso é limitado e exclusivo com login e senha de cada rebanho.

COMPROMISSO COM O ASSOCIADO

1. Gerar fichas para coletas dos dados e orientar os produtores na escrituração zootécnia de seus rebanhos.

 

2. Emitir relatórios sobre o desempenho dos rebanhos sempre que necessário, apresentando sugestões para melhorias, no que for relacionado à seleção dos animais.

 

3. Emitir sumário anual de todos os animais da propriedade, com as estimativas das Diferenças Esperadas na Progênie (DEP’s).

 

4. Assessorar no uso do sistema de gerenciamento de rebanhos e nas ferramentas para seleção por ele disponibilizadas.

 

5. Possibilitar a discussão sobre a utilização de diferentes características como objetivos e critérios de seleção.

Download de arquivos uteis:

Obs: imprimir e enviar o aceite para genecoc@absantaines.com.br

MANUAL DO GENECOC

 

CAPACITAÇÃO GERENCIAL DO USUÁRIO

 

TERMO DE ACEITE E PARTICIPAÇÃO 

 

ABSI discute plano de trabalho para melhoramento genético da raça.

O presidente da Associação Brasileira de Santa Inês (ABSI), Almir Lins, e o diretor de eventos da entidade, Anderson Pedreira, estiveram nesta quarta-feira (24) na Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral, CE) para a discussão de um plano de trabalho voltado ao melhoramento genético da raça de ovinos. A reunião com pesquisadores e analistas da Unidade teve também a participação do gerente do Escritório de Negócios de Campinas (SP) da Embrapa Produtos e Mercado, Fernando Matsuura, via videoconferência.

O plano de trabalho foi apresentado por Raimundo Nonato Lobo, pesquisador da área de melhoramento genético animal da Embrapa Caprinos e Ovinos, e propõe a mobilização da ABSI para que os rebanhos de seus associados se integrem ao Programa de Melhoramento Genético de Caprinos e Ovinos de Corte (GENECOC), para que passem a contar com o serviço de assessoria genética prestado pela Embrapa, por meio do programa.

Lobo ressaltou que, com o cadastro dos associados e a coleta periódica de dados zootécnicos dos rebanhos, os produtores passariam a contar com informações para orientar decisões de forma a obter ganhos genéticos, como as melhores possibilidades de acasalamento de animais no rebanho. Além disso, a inserção no programa traria outros benefícios, como um maior controle dos rebanhos e a possibilidade de redução de custos, com descarte de animais que não respondem a melhorias no manejo, por exemplo.

Na proposta apresentada por Lobo, a Embrapa capacitaria técnicos da Associação para a coleta de dados nos padrões exigidos pelo GENECOC, prestaria a assessoria para seleção genética e forneceria dados para que a ABSI elabore catálogos anuais com informações sobre os rebanhos. Segundo o pesquisador, a parceria corresponde à expectativa de integrar rebanhos contribuir para o fornecimento de reprodutores e matrizes avaliados geneticamente para rebanhos comerciais, com ganhos para a sustentabilidade da raça e para a produtividade. “É inegável que o desenvolvimento da ovinocultura no Brasil tem que passar, fortemente, pelo desenvolvimento da raça Santa Inês”, avaliou ele.

De acordo com o presidente da ABSI, a proposta de se integrar a uma política de melhoramento genético pode iniciar uma mudança de mentalidade entre os produtores da raça. “Hoje se pensa muito nas exposições de animais. Mas devemos pensar de outra forma, com foco não somente nos eventos, mas no fato de que temos rebanhos de uma raça produtora de carne, com um potencial de exportação muito grande”, afirmou Almir. Para Anderson, há uma boa expectativa de interesse dos associados no programa. “Há em torno de 50 a 60 criadores interessados, inclusive produtores bem estruturados, com fácil acesso à informação”, destacou o diretor.

Uma nova reunião acontecerá no próximo mês para afinar detalhes da proposta, entre eles a busca por parcerias que viabilizem investimentos. Para Fernando Matsuura, a ideia é interessante, pois são as parcerias com os diferentes elos das cadeias produtivas que geram avanços e garantem alcance às tecnologias. Já o chefe-geral da Embrapa Caprinos e Ovinos, Evandro Holanda Júnior, comentou que a expectativa é de que futuramente haja condições de “competir no mercado internacional de genética ovina”. A proposta de inserção dos produtores de Santa Inês no GENECOC é um dos principais pontos do convênio firmado entre Embrapa e ABSI em dezembro do ano passado.

Texto: Adilson Nóbrega – MTB/CE 01269JP

Embrapa Caprinos e Ovinos

TENDÊNCIA DE MERCADO PARA OVINOCULTURA SÃO DISCUTIDAS NA SECOB.

Nesta quarta-feira (5), segundo dia da VIII Semana da Caprinocultura e da Ovinocultura Brasileiras (SECOB), os participantes puderam discutir tendências de mercado para os produtos da caprinocultura e ovinocultura. O debate, realizado no Auditório Central da Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral-CE), foi iniciado pelo professor Paulo Niederle, do Departamento de Economia Rural e Extensão da Universidade Federal do Paraná (UFPR), com sua palestra sobre a construção social de mercados para a pecuária familiar no Brasil. Ele apontou mudanças em padrões de consumo que podem favorecer produtos antes só comercializados em mercados muito específicos, como os orgânicos, tradicionais e os de indicação geográfica.

De acordo com Niederle, as noções dos consumidores sobre a qualidade dos produtos tendem a acrescentar variáveis como a preocupação com saúde e sustentabilidade, a justiça social no processo produtivo, a tradição e origem dos produtos. “Os produtos orgânicos e agroecológicos tinham, no início, mercados locais, feiras específicas, mas hoje estão sendo incorporados por grandes redes varejistas que, atualmente, já se tornaram os maiores vendedores deste tipo de produto no Brasil”, exemplificou o professor.

Na avaliação dele, produtos como os derivados do leite caprino e ovino e da carne desses animais têm potencial para inserção nestes novos mercados, desde que os arranjos produtivos favoreçam a agregação de valor e divulgação destes produtos. Ele tomou como exemplo o caso de marca coletiva do território de Alto do Camaquã (RS), onde a atuação conjunta da Embrapa, associações de produtores, Emater, governo estadual e universidades trouxe resultados como a “cesta” que inclui produtos e serviços, como carne de cordeiro, artesanato local e roteiros turísticos.


Após a palestra, o espaço foi aberto para mesa redonda com os participantes do evento e também com dois convidados que deram sua contribuição via videoconferência: os empresários do ramo de produção de leite de cabra Maria Pia Paiva (Capril Sanri) e Paulo Cordeiro (Caprilat). Maria Pia apontou que ainda há necessidade de informação sobre as preferências do consumidor do leite caprino e seus derivados a serem supridas. “Será que estamos fazendo os produtos que o consumidor prefere? Ainda não conhecemos bem nosso mercado, o que querem os compradores”, ponderou ela.

Paulo Cordeiro afirmou que a cadeia produtiva deve se preocupar com uma melhor divulgação dos derivados do leite de cabra e seus benefícios. O empresário cobrou também uma legislação específica referente à qualidade do leite caprino e a preocupação com a inserção de novos produtos no mercado nacional, como forma de ampliar as possibilidades de oferta. A mesa redonda do segundo dia contou ainda com participações de representantes de órgãos governamentais, laticínios, produtores rurais e empresas privadas.


Adilson Nóbrega
Embrapa Caprinos e Ovinos