Programa aproxima produtores do mercado

Salvador – O Sebrae na Bahia assina, nesta terça-feira (7) um acordo com a Secretaria de Agricultura do estado para cooperação com o programa Vida Melhor. A instituição atuará no fortalecimento da Rede Pública de Assistência Técnica e Extensão Rural do executivo baiano com apoio às cadeias produtivas de mandioca, mel, aqüicultura e pesca, fruticultura, bovinocultura de leite, ovinocaprinocultura e oleaginosas.

Para o secretário estadual de Agricultura, Eduardo Sales, o Sebrae é o principal parceiro do governo na melhoria da gestão das cooperativas e associações de agricultores familiares. “Eu não acredito em nenhum empreendimento que não tenha capacitação”, destacou.

“O Sebrae reafirma seu compromisso de participar do programa contribuindo para o desenvolvimento das competências gerenciais, necessárias à gestão dos empreendimentos, com foco no mercado”, disse a supervisora de Agronegócio do Sebrae na Bahia, Célia Fernandes. Ela discursou na abertura do II Encontro de cooperativas da agricultura familiar da Bahia, na tarde de segunda-feira (6). Célia Fernandes apresentou aos participantes do encontro a equipe da instituição que atenderá aos participantes da iniciativa.

Ainda nesta terça-feira, será lançada para a região Nordeste a Rede Brasil Rural, do Ministério do Desenvolvimento Agrário. A rede permite o acesso, por exemplo, às chamadas públicas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) através do site www.redebrasilrural.mda.gov. A iniciativa oferece um mapa de ofertas onde gestores da educação e também profissionais de comércio, redes hoteleiras e supermercados podem comprar produtos da agricultura familiar mais próximos de seus municípios.

fonte: Agência Sebrae de Notícias Bahia

Agricultores do Alto Sertão começam a servir silagem a ovinos.

Criadores de ovinos e caprinos do Alto Sertão alagoano iniciaram o fornecimento de silagem aos animais como uma forma de complementar a alimentação no período de estiagem, que já se iniciou. Em algumas propriedades, o material servido aos rebanhos foi elaborado a partir do sorgo forrageiro SF-15, variedade desenvolvida e registrada pela Diretoria de Pesquisa da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Dipap/Seagri), numa parceria com o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA).

De acordo com o engenheiro agrônomo Fernando Gomes, pesquisador da Dipap, foram implantadas unidades demonstrativas de silo sincho com sorgo forrageiro em seis municípios. Em cada uma delas, foram utilizadas duas tarefas de terra. “Um dos primeiros a abrir a silagem e servir aos animais foi o produtor José Ramalho, do Sítio Mundo Novo, em Olho D’Água do Casado, e nós estivemos lá esta semana para registrar a qualidade do material”, contou o pesquisador.

Segundo ele, o silo sincho – feito na superfície e em formato arredondado – ficou em “descanso” por 50 dias. “Só agora, após esse período, é que ele está pronto para ser fornecido aos animais”, recomendou Fernando Gomes. De acordo com ele, a ação da Seagri de estimular e orientar os agricultores na elaboração da silagem faz parte do Programa Alagoas Mais Ovinos e do Arranjo Produtivo Local (APL) de Ovinocaprinocultura.

“A maioria desses produtores, inclusive os que participaram dos Dias de Campo nas unidades demonstrativas, são participantes do APL e do Mais Ovinos. Para que o rebanho se desenvolva, é preciso ter uma boa alimentação, especialmente agora na época da estiagem”, argumentou o pesquisador da Dipap.

Segundo ele, a implantação das unidades demonstrativas de sorgo faz parte de um projeto que tem apoio do Banco do Nordeste. “Um hectare de sorgo produz entre 50 e 80 toneladas de massa verde, enquanto um hectare de milho produz em torno de 18 toneladas por hectare. O sorgo consome apenas 50% da água consumida pelo milho e, dessa forma, tem mais resistência aos períodos de estiagem. Assim, é importante que ele seja usado na silagem”, avaliou o diretor da Dipap, Teodorico Araújo.

O secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, Jorge Dantas, avalia que tanto as ações da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) quanto a pesquisa são necessárias para melhoria das condições de produção do agricultor familiar. “Todas elas são iniciativas que visam atender demandas dos produtores, a exemplo do sorgo SF-15, já adaptado às condições naturais do Sertão”, comentou Dantas.

fonte: ANCO