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EXPOLAGARTO 03 a 07 de Setembro
26 de maio a 01 de junho – Congresso Brasileiro do Santa Inês – Goiânia – GO
9º CONGRESSO BRASILEIRO DE SANTA INÊS
“A OVINOCULTURA FRENTE AOS DESAFIOS DA PRODUÇÃO ANIMAL”
Valor das Inscrições: R$ 100,00
Sócios da ABSI: Grauito
PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA:
28/05 – QUARTA-FEIRA (Panorama da raça Santa Inês)
08:00h às 09:00h Inscrição e entrega de material
09:00h às 10:00h SESSÃO SOLENE DE ABERTURA
10:00h às 10:15h Coffe break
10:15h às 11:00h Palestra I – Padronização da raça Santa Inês – Sistema R.A.D.A.R
Palestrante: Med. Vet. JOSELITO BARBOSA (UFBA)
11:00h às 11:45h Palestra II – Raça Santa Inês – Panorama da produção no Brasil e no mundo
Palestrante: Zootec. EMANOEL BARROS (UPIS)
11:45 às 12:00h Mesa redonda
29/05 – QUINTA-FEIRA (Melhoramento genético)
08:00 às 08:45h Palestra III – Melhoramento genético em ovinos
Palestrante: Dr.RAIMUNDO NONATO BRAGA LÔBO (EMBRAPA)
08:45 às 09:30h Palestra IV – Dificuldades e vantagens de se implementar programas de melhoramento genético: experiência do geneplus.
Palestrante: Dr. LUIZ OTÁVIO CAMPOS SILVA
09:30 às 10:00h DIVULGAÇÃO DA PARCERIA ABSI – EMBRAPA CAPRINOS E OVINOS
10:00h às 10:15h Coffe break
10:15 h às 11:00h Palestra VI – Manejo de cordeiros Santa Inês
Palestrante: Med. Vet. RODRIGO ORZIL
11:00 às 12:00h APRESENTAÇÃO DE PESQUISAS E ESTUDOS DE GRUPOS DE ESTUDOS EM OVINOCULTURA DOS IES (Instituição de Ensino Superior)
30/05 – SEXTA-FEIRA (Sanidade)
08:00 às 08:45h Palestra – Controle de mastite em ovelhas Santa Inês
Palestrante: Dr. Luiz Zafalon (Embrapa Pecuária Sudeste)
08:45 às 09:30h Palestra – Controle integrado de verminose
Palestrante: Dr. Eduardo Luiz de Oliveira (Embrapa Caprinos e Ovinos)
09:30h às 10:00h Mesa redonda
10:00 às 10:30h Coffee break
10:30h às 10:45h ESPAÇO PATROCINADOR: NOVARTIS – Verminose em ovinos – desafios e soluções
11:15 às 12:00h ESPAÇO PATROCINADOR: Lançamento Kit Embrapa para Controle de Verminose
31/05 – SÁBADO (Alimentação)
08:00 às 08:45h Palestra – Nutrição na ovinocultura de corte – Alimentos alternativos
Palestrante: Méd Vet. Hugo Jayme Mathias Coelho Peron (UFG)
08:45 às 09:30h Palestra – Dietas sem forragem para terminação de animais ruminantes
Palestrante: Zootec. PEDRO VEIGA RODRIGUES PAULINO
09:30h às 10:15h Palestra – Integração Lavoura- Pecuária
Palestrante: FERNANDO ALVARENGA REIS (Núcleo Centro-Oeste, Embrapa Caprinos e Ovinos)
10:15 às 10:30h Coffee break
10:30h às 11:15h Espaço do Patrocinador: Rações Nutratta
11:15h às 11:40h Lançamento do kit embrapa para de Seleção de Cordeiros para Terminação
11:15 h às 12:00h Apresentação pôsteres
Encerramento
OUTROS INFORMES
Onde se hospedar:
Augustus Plaza Inn
Av. Araguaia, 702, setor central
telefone: (62) 3216-6666
Go Inn Estação Goiania
Av. Oeste, 2151 Setor Norte Ferroviario
telefone: (62) 3621-3100
Maiores informações ABSI (71) 3286-7314
ABSI discute plano de trabalho para melhoramento genético da raça.
O presidente da Associação Brasileira de Santa Inês (ABSI), Almir Lins, e o diretor de eventos da entidade, Anderson Pedreira, estiveram nesta quarta-feira (24) na Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral, CE) para a discussão de um plano de trabalho voltado ao melhoramento genético da raça de ovinos. A reunião com pesquisadores e analistas da Unidade teve também a participação do gerente do Escritório de Negócios de Campinas (SP) da Embrapa Produtos e Mercado, Fernando Matsuura, via videoconferência.
O plano de trabalho foi apresentado por Raimundo Nonato Lobo, pesquisador da área de melhoramento genético animal da Embrapa Caprinos e Ovinos, e propõe a mobilização da ABSI para que os rebanhos de seus associados se integrem ao Programa de Melhoramento Genético de Caprinos e Ovinos de Corte (GENECOC), para que passem a contar com o serviço de assessoria genética prestado pela Embrapa, por meio do programa.
Lobo ressaltou que, com o cadastro dos associados e a coleta periódica de dados zootécnicos dos rebanhos, os produtores passariam a contar com informações para orientar decisões de forma a obter ganhos genéticos, como as melhores possibilidades de acasalamento de animais no rebanho. Além disso, a inserção no programa traria outros benefícios, como um maior controle dos rebanhos e a possibilidade de redução de custos, com descarte de animais que não respondem a melhorias no manejo, por exemplo.
Na proposta apresentada por Lobo, a Embrapa capacitaria técnicos da Associação para a coleta de dados nos padrões exigidos pelo GENECOC, prestaria a assessoria para seleção genética e forneceria dados para que a ABSI elabore catálogos anuais com informações sobre os rebanhos. Segundo o pesquisador, a parceria corresponde à expectativa de integrar rebanhos contribuir para o fornecimento de reprodutores e matrizes avaliados geneticamente para rebanhos comerciais, com ganhos para a sustentabilidade da raça e para a produtividade. “É inegável que o desenvolvimento da ovinocultura no Brasil tem que passar, fortemente, pelo desenvolvimento da raça Santa Inês”, avaliou ele.
De acordo com o presidente da ABSI, a proposta de se integrar a uma política de melhoramento genético pode iniciar uma mudança de mentalidade entre os produtores da raça. “Hoje se pensa muito nas exposições de animais. Mas devemos pensar de outra forma, com foco não somente nos eventos, mas no fato de que temos rebanhos de uma raça produtora de carne, com um potencial de exportação muito grande”, afirmou Almir. Para Anderson, há uma boa expectativa de interesse dos associados no programa. “Há em torno de 50 a 60 criadores interessados, inclusive produtores bem estruturados, com fácil acesso à informação”, destacou o diretor.
Uma nova reunião acontecerá no próximo mês para afinar detalhes da proposta, entre eles a busca por parcerias que viabilizem investimentos. Para Fernando Matsuura, a ideia é interessante, pois são as parcerias com os diferentes elos das cadeias produtivas que geram avanços e garantem alcance às tecnologias. Já o chefe-geral da Embrapa Caprinos e Ovinos, Evandro Holanda Júnior, comentou que a expectativa é de que futuramente haja condições de “competir no mercado internacional de genética ovina”. A proposta de inserção dos produtores de Santa Inês no GENECOC é um dos principais pontos do convênio firmado entre Embrapa e ABSI em dezembro do ano passado.
Texto: Adilson Nóbrega – MTB/CE 01269JP
Embrapa Caprinos e Ovinos
CONCURSO BORREGA AO PÉ
COPA SANTA INÊS NISSAN FRONTIER
CONCURSO BORREGA AO PÉ
Regulamento:
Período: Durante a Exporural 2013
Idade: Borregas de 1 a 100 dias de vida
Grau de Sangue: P.O.
Julgamento: Borrega obrigatoriamente não apartada, tatuada ou não, sendo apresentada junto com a mãe. O julgamento ocorrerá com a borrega obrigatoriamente solta.
Premiação: Campeã – R$ 1.500,00
Res. Campeã – R$ 1.200,00
3º Prêmio – R$ 1.000,00
4º Prêmio – R$ 800,00
5º Prêmio – R$ 500,00
Os animais classificados de 1º a 3º prêmio serão necessariamente ofertados no III Leilão Africano no dia 16 de agosto às 20hs.
AL: técnicos apresentam resultados do Programa Alagoas Mais Ovinos
Técnicos dos municípios que prestam assistência a produtores familiares do Programa Alagoas Mais Ovinos se reuniram com a coordenadora Aline Melo, o gestor Luciano Barros, que é superintendente de Agricultura Familiar, e a empresa de consultoria Falconi, que trabalha com gestão de resultados junto à Seagri, para apresentar os resultados do programa.
Durante o encontro, houve uma explanação dos números referentes ao rebanho, das famílias atendidas, avaliando as metas alcançadas e as próximas a serem atingidas. Dados apresentados pelos técnicos mostram que os municípios registraram aumento do rebanho, entregue inicialmente pelo programa, como também comercialização de animais, gerando renda para as famílias que vivem no campo.
Buscando detalhar cada índice de maneira mais clara e específica, a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aecid) está financiando a aquisição de um sistema de monitoramento de resultados, que auxiliará os técnicos no registro de dados e ampliará o número de informações da base de dados do programa.
“Com a implantação do sistema de monitoramento, acontecendo em breve, nós conseguiremos avançar cada vez mais com o programa. Estamos numa fase de estruturar as informações, registrar os resultados, isso é extremamente importante, pois sabemos quanto o programa ajuda o pequeno produtor, principalmente em um período difícil como este de seca”, explicou o superintendente e gestor Luciano Barros.
Os resultados apresentados durante a reunião foram positivos e as ações continuam com entregas de novos animais, como aconteceu nos municípios de Palestina e Pão de Açúcar, no mês de março.
As informações são do Governo de Alagoas, adaptadas pela Equipe FarmPoint.
Alimentação dos ovinos
Tudo entra pela boca: saúde, vigor, doenças, lucros e prejuízos e, então, é preciso estar sempre de olho aberto para o que desce pela garganta dos animais.
l Sempre mascando – Ovelhas pertencem à classificação de animais ruminantes. Ruminantes são caracterizados por “quatro” estômagos e comportamento “ruminar-mascar”. A ruminação é um bolo alimentar que foi regurgitado.
l Ruminantes – Há cerca de 150 diferentes espécies de ruminantes domésticos e selvagens, incluindo vacas, cabras, veados, búfalos, bisontes, girafas, alces e renas. Ruminantes são ainda classificados pelo comportamento de forragem: herbívoros, pastadores, ou herbívoros intermediários. Herbívoros, como bovinos, consomem principalmente gramíneas de qualidade inferior, enquanto pastadores como o alce e os veados ficam na mata e comem galhos e arbustos altamente nutritivos. Intermediários, como ovelhas, cabras e veados de rabo branco, tem requisitos nutricionais que estão entre os herbívoros e pastadores. Ovelhas, deste grupo, são mais herbívoras, enquanto cabras e cervos são pastadores.
A principal diferença entre os ruminantes e os animais de um único estômago (chamados monogástricos), tais como as pessoas, cães, e porcos, é a presença de um estômago com quatro compartimentos. As quatro partes são o rúmen, retículo, omaso e abomaso. Dizem, muitas vezes, que os ruminantes têm quatro estômagos. O seu “estômago” tem quatro partes na realidade.
l Pseudo-ruminantes – Camelídeos (lhamas e alpacas) são chamados de “pseudo-ruminantes”, porque têm um estômago de três compartimentos, em vez de quatro. Os cavalos não são ruminantes, pois eles têm um ceco alargado, que lhes permite digerir os materiais fibrosos. Os animais deste tipo são chamados de “intestino fermentador”. Um coelho tem um sistema digestivo semelhante.
l O sistema digestivo do rúmen – O rúmen ocupa uma grande porcentagem da cavidade abdominal do ruminante. É um grande espaço de armazenamento para o alimento que é rapidamente consumido e, depois, regurgitado, remastigado e ingerido novamente em um processo chamado de ruminação-mastigação. A ruminação ocorre, primeiramente, quando o animal está em repouso e não come. Ovelhas adultas saudáveis vão mastigar sua ruminação durante várias horas cada dia.
O rúmen é também uma cuba de fermentação de grande porte. Ele contém bilhões de micro-organismos, incluindo bactéria e protozoário, que permite aos ruminantes digerir alimentos fibrosos, como capim, feno e silagem que outros animais não podem utilizar eficientemente. Fermentação no rúmen produz enormes quantidades de gás que os ruminantes livram-se através da eructação (arroto). Qualquer coisa que interfira os arrotos é fatal para o ruminante e pode resultar em inchaço. Os casos leves geralmente podem ser tratados, com sucesso, com antiácido.
O retículo está intimamente associado com o rúmen. O conteúdo mistura-se continuamente entre as duas cavidades. O retículo parece um “pente de mel”. A atividade digestiva ocorre no omaso. Ele contém muitas camadas de tecido. O abomaso é o estômago “verdadeiro” do ruminante. Ele tem uma função similar à do estômago de um não- ruminante: secreção de enzimas e ácidos para quebrar os nutrientes.
l Ruminantes Jovens – O rúmen e retículo do cordeiro, ao nascer, ainda não são funcionais. Estes dois compartimentos começam a multiplicar micro-organismos quando os cordeiros começam a beliscar alimentos secos.
Os micróbios, à medida que se multiplicam e começam a digerir os alimentos, estimulam o crescimento e desenvolvimento do rúmen e do retículo. Estes últimos tornam-se, geralmente, funcionais quando o cordeiro atinge 50 a 60 dias de idade.
A alimentação suplementar deve ser de nutrição rápida, pois precisa ser altamente digerível, já que os cordeiros não nascem com o funcionamento do rúmen. Rações adequadas consistem em alimentos que foram triturados, enrolados, ou sedimentados. Isso melhora o desenvolvimento do rúmen deste animal.
l Pasto por princípio – A dieta mais natural é a forrageira (capim, ervas daninhas, pasto, feno e silagem), apesar dos ruminantes conseguirem digerir grãos (amidos). Uma grande quantidade de ácido láctico é produzida no rúmen e o pH fica baixo, se o ruminante consumir muito grão ao mesmo tempo. Esta pode ser uma doença fatal para o ruminante. O grão deve ser introduzido lentamente na dieta para dar tempo de ajuste ao rúmen.
l Não muito grão – As ovelhas “amam” o sabor dos grãos. É como “doce” para elas. Elas vão comer demais se o consumo de grãos não for regulado. O grão pode ser suplemento e em alguns casos substituir a forragem na dieta se for introduzido lentamente. Grão integral é melhor para ovelhas porque exige que elas façam sua própria moagem. Problemas na digestão são menos comuns em grãos integrais comparados aos processados (triturados, rachados, ou moídos).
Algumas forragens devem ser consumidas sempre por ruminantes, para manter o funcionamento do rúmen corretamente e manter os animais satisfeitos.
l Gases de efeito estufa – Um dos impactos globais da criação do rebanho ruminante é que quando os ruminantes arrotam, eles produzem metano, um dos gases de efeito estufa. Uma pequena quantidade de metano também é produzida pelo estrume. Os cientistas estão atualmente estudando formas de reduzir a produção de metano dos ruminantes. Sabe-se, por exemplo, que os animais alimentados com certas plantas produzem menos metano. Cientistas australianos estão testando uma vacina para reduzir a produção de metano. Impor um imposto sobre o “pum” tem sido proposto para ajudar a financiar as pesquisas, mas não foi implementado.
Casos de efeito estufa são responsáveis para contribuir para o aquecimento global. A maior fonte de gases de efeito estufa, de longe, é dos combustíveis fósseis.
l Grama, trevos e herbáceas – A maioria das ovelhas come grama, trevos, herbáceas e outras plantas do pasto. Elas apreciam principalmente as plantas herbáceas. É, geralmente, a primeira escolha de comida. É uma planta de folhas largas diferente da grama e também com flores muito nutritivas. Ovinos comem uma variedade de plantas e seleciona mais os nutrientes em sua dieta em comparação com os bovinos, mas muito menos que as cabras.
l O tempo de pastejo – Ovelhas pastam em média sete horas por dia, principalmente de madrugada e no final da tarde, perto do por-do-sol. Quando os suplementos são introduzidos, o melhor é alimentá-los no meio do dia, para que os padrões normais de pastagem não sejam interrompidos.
l As plantas diferentes – Ovelhas em áreas geográficas diferentes comem também plantas diferentes. Forrageiras tropicais geralmente não são tão nutritivas como aquelas que crescem em climas temperados. Proteína é, frequentemente, o nutriente mais determinante em forragens. Todas as forrageiras são mais nutritivas se forem ingeridas em estado vegetativo.
l Requisitos de pasto – A quantidade de pastagens, ou o intervalo que é preciso para alimentar uma ovelha, depende da qualidade da terra (solo), a quantidade e distribuição das chuvas, e a gestão do pasto. Um hectare de pasto ou pastagens, em climas secos, não pode alimentar muitas ovelhas como um hectare em clima úmido. Um hectare de pasto na estação chuvosa (primavera e outono) pode, obviamente, alimentar mais ovelhas do que um hectare na estação seca (geralmente no verão).
As taxas de reprodução e taxas de crescimento dos carneiros e ovelhas são mais baixas em climas áridos do que em áreas de boa pluviosidade, onde as forragens crescem mais abundantes. Se, porém, houver uma alimentação adequada, os animais irão se reproduzir e se desenvolver em qualquer região.
A produção de lã tende a ter maior importância nestes ambientes, uma vez que a lã de boa qualidade leva menos tempo para crescer, sendo mais lucrativa que a produção de leite. Um fazendeiro eficiente pode criar 10 ovelhas em um hectare de pastagem melhorada numa boa região, enquanto um outro, também eficiente, pode exigir 10 hectares de área nativa para cada ovelha, em regiões áridas. A lotação é determinada pela região e pela situação.
l Alimentos armazenados – As ovelhas são, geralmente, tratadas com alimentos armazenados e colhidos, quando a forragem fresca não está disponível. Exemplos destes alimentos são: feno, silagem, culturas de subprodutos. Feno é a gramínea que foi cortada e tratada para o uso como alimento para o rebanho. Silagem é uma forragem verde que foi fermentada e armazenada em um silo, ou outro sistema que mantém o ar fora. Silagem mofada pode causar Listeriose em ovinos. A silagem para ovinos é servida em pedaços bem menores do que para o gado.
l A suplementação com grãos – Grão é muitas vezes fornecido para ovinos com maiores necessidades nutricionais, como ovelhas prenhes durante a gestação tardia, ovelhas cuidando de dois ou mais cordeiros, e cordeiros com potencial genético para crescimento rápido. Os cereais são: milho, cevada, trigo e aveia.
Uma fonte de proteína, tal como farinha de soja ou farinha de semente de algodão, é geralmente adicionado à ração de cereais, juntamente com vitaminas e minerais para fazer uma ração 100% balanceada. Ração não balanceada pode levar a vários problemas de saúde.
Ovelhas adoram o sabor do grão e podem ficar doentes se comer rapidamente. O consumo precisa ser regulado, introduzido lentamente e aumentado gradualmente. Ruminantes devem sempre ter algum volumoso em suas dietas – pelo menos 0,45 kg por dia para ovinos. Produtores em muitas partes do mundo não podem se dar ao luxo de alimentar o rebanho com grãos. Em algumas regiões e algumas situações os grãos podem ser mais lucrativos do que a forragem.
l Subprodutos – Subprodutos da produção agrícola e alimentos processados também podem ser fornecidos para ovinos. Exemplos incluem casca de soja, casca de amendoim e caroço de algodão. O milho está se tornando um alimento menos popular para ovelhas e outros rebanhos, pois está sendo usado na produção de etanol.
l Benefícios da pastagem – Manejo, ou preservação de pastagem é bom método para o meio ambiente. Uma área coberta de grama é a melhor proteção contra a erosão do solo e o escoamento de água. As pastagens são um grande reservatório de carbono orgânico.
As pastagens, gerenciadas adequadamente, ajudam a reduzir os níveis atmosféricos de dióxido de carbono, o que pode reduzir o acúmulo de gases do efeito estufa.
l O domínio público – Algumas pessoas acreditam que não se deve permitir que ovelhas (ou qualquer outro rebanho) pastem em grama ou praças públicas. Muita gente ainda diz que “depois da ovelha só resta o deserto”. A pastagem exagerada do passado foi causada por falta de gestão e não deve ser uma razão para ignorar os benefícios potenciais da pastagem.
A pesquisa mostra que o pastejo leve ou moderado é geralmente mais vantajoso do que o pastejo livre em qualquer pastagem.
l Taxas controversas de pastejo – Os agricultores e pecuaristas, em terras norte-americanas, pagam uma taxa para seu rebanho pastar no local que pertence ao governo federal. A taxa é de U$1,35 por unidade de animal ao mês, conforme mostra a Tabela 1 (Na tabela, “AUM” é a unidade de consumo de forragem necessária para alimentar uma vaca e seu bezerro, um cavalo, ou cinco ovinos e caprinos – durante um mês).
Algumas pessoas pensam que as taxas de pastagem são muito baixas, pois estão bem abaixo do custo de locação de terrenos privados. O que elas não percebem é que, geralmente, usam-se mais hectares de terras públicas para o rebanho pastar.
Fazendeiros têm custos mais elevados com o uso de terras públicas do que privadas, pois acabam sendo forçados a fazer melhorias nos pastos do governo (construção e reparação de cercas, desenvolvimento de fontes de água, etc.). Têm, também, de partilhar o terreno com outros fatores como: mineração, florestal, fauna, caça e recreio.
l A pastagem exagerada – Ovelhas podem pastar muito perto do chão e um lote muito grande pode provocar um rebaixamento na pastagem. É necessário ter um bom planejamento para não deixar animais com fome, ou degradação de pastagem. Pastejo exagerado pode levar à perda de vegetação e erosão do solo. Nada como as boas práticas de pastagem.
l Comedoras de plantas daninhas da Natureza – Ovelhas e cabras têm sido muito utilizadas para controlar a vegetação indesejada. Seu uso tem aumentado nos últimos anos, pois os animais são uma ferramenta barata para fazer o controle biológico em áreas ambientalmente sensíveis. Ovelhas pastam principalmente em plantas hérbaceas (plantas com flor) e em gramíneas. Já as cabras preferem arbustos e outros materiais vegetais lenhosos.
l Ervas daninhas – Ovelhas estão sendo usadas atualmente em planaltos e regiões entre as montanhas, para controlar ervas daninhas e invasoras. Muitas ervas daninhas não podem ser controladas por meio de produtos químicos, práticas mecânicas ou culturais, devido ao elevado custo, ou à sua ineficácia relativa. Um exemplo é a eufórbia (Euphorbia esula), uma erva daninha, europeia e asiática que é tão perigosa a ponto de logo transformar extensas áreas em monocultura às avessas, ou seja, prejudicial.
Outra erva daninha perigosa no Ocidente é a Centáurea (Centaurea maculosa). Esta erva daninha invade faixas nativas e ameaça até mesmo áreas intocadas, como parques nacionais. As ovelhas são prontamente liberadas para pastejos em áreas das invasoras, sendo já encaradas como a mais importante ferramenta para combater ervas daninhas. A vantagem é que o lote de ovelhas (ou carneiros) pode seguir, depois, para o abate, garantindo lucro ao usuário.
As ovelhas são utilizadas para consumir a Kudzu (Pueraria montana), uma videira que substitui completamente toda a vegetação que cresce no Sudeste dos Estados Unidos. Até a perigosa Larkspur (Delphinium sp.), venenosa para o gado, é enfrentada pelas ovelhas. que, mesmo não apreciando, conseguem tolerar 3 a 4 vezes mais esta planta nociva, sendo utilizado o controle destas ervas em pastagens.
l Prevenção de incêndios – As ovelhas estão sendo usadas em muitos lugares para reduzir a ameaça de incêndio, como áreas onde a floresta interage com a comunidade urbana. As ovelhas são introduzidas para “rapar” a vegetação. Assim, cria-se um vácuo que irá impedir a combustão, constituindo uma barreira eficaz contra a propagação do incêndio.Este método de redução de incêndio é chamado de a criação de um “fuelbreak” (ruptura de combustão). O objetivo é reduzir a quantidade de combustão e altura da vegetação e criar uma barreira eficaz.
l Melhora na biodiversidade vegetal – Numerosos estudos têm mostrado como ovelhas e cabras, usadas sob condições prescritas, podem ajudar a aumentar a biodiversidade vegetal em faixas ocidentais. Sendo que as ovelhas preferem pastar e dormir em zonas de montanha, longe de regiões úmidas baixas. Assim, o gerenciamento do passtejo é facilitado, preservando as matas ciliares, bacias hidrográficas, áreas de drenagem, etc. Elas são mais fáceis de gerir em áreas de pastagem, onde questões críticas ciliares e bacias hidrográficas são uma preocupação. As ovelhas são uma ferramenta a favor do meio ambiente, quando bem utilizadas.
O nível de gramíneas perenes dentro da comunidade de plantas tende a aumentar, quando as ovelhas pastam na mesma área durante vários anos. Isso porque o pastejo melhora a infiltração de água e reduz a erosão. Planejamento do pastejo é uma grande arma a favor do meio ambiente.
l Melhora no habitat dos animais selvagens – O manejo de pastagem com ovelhas tem aumentado o habitat dos animais selvagens. De fato, o pastejo em momentos corretos, garante que a qualidade e quantidade de certos tipos de vegetação proliferem, ajudando na recomposição do habitat dos animais selvagens.
l As plantações de árvores – Produtores de ovinos no Canadá estão sendo pagos em até US$ 35 por ovelha que eles colocam para pastar em regiões de pastos com árvores recém-plantadas. Este método de pastejo prescrito aumenta a viabilidade das novas mudas de árvores, reduzindo a competição entre gramíneas, herbáceas e ervas daninhas, quanto à água, nutrientes do solo e a luz solar. Ovelhas “treinadas” são usadas também para pastar em vinhedos. O uso de ovelhas, ou cabras, em pomares vem conquistando muitos adeptos no mundo inteiro.
l Pastoreio sob linhas de alta tensão – As empresas de energia estão “contratando” rebanhos de ovinos (e caprinos) para mantê-los pastando sob as linhas de alta tensão, reduzindo a chance de uma faísca começar um incêndio e provocar quebra no fornecimento de energia para as cidades. Embaixo das linhas elétricas cabem milhões de ovelhas.
l Fundo-de-pasto – O pastoreio extensivo de fundo-de-pasto em áreas comuns na Grã-Bretanha é um fenômeno único na Europa, permitindo que o rebanho seja mantido em áreas não cercadas sem pastoreio constante. É muito comum nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. Cada rebanho passa a ter seu próprio território e é auto-limitado para essa área. A quantidade ideal é considerada “um peso”. Assim, cada área tem seu “peso”, ou sua quantidade certa de animais que pode ser suportada. Extensas áreas são divididas em numerosos “pesos”; cada rebanho conhece sua própria área e retorna a ela depois da parição. O sistema de “fundo-de-pasto” (Hefted sheep) é muito importante para manter o ambiente original, ou selvagem. Devido ao surto de doenças, esse sistema quase foi abolido na Europa a partir do ano 2000. O aumento populacional vai liquidando esse sistema, lentamente.
01 a 05 de maio EXPOINVERNO Fortaleza -CE
TENDÊNCIA DE MERCADO PARA OVINOCULTURA SÃO DISCUTIDAS NA SECOB.
Nesta quarta-feira (5), segundo dia da VIII Semana da Caprinocultura e da Ovinocultura Brasileiras (SECOB), os participantes puderam discutir tendências de mercado para os produtos da caprinocultura e ovinocultura. O debate, realizado no Auditório Central da Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral-CE), foi iniciado pelo professor Paulo Niederle, do Departamento de Economia Rural e Extensão da Universidade Federal do Paraná (UFPR), com sua palestra sobre a construção social de mercados para a pecuária familiar no Brasil. Ele apontou mudanças em padrões de consumo que podem favorecer produtos antes só comercializados em mercados muito específicos, como os orgânicos, tradicionais e os de indicação geográfica.
De acordo com Niederle, as noções dos consumidores sobre a qualidade dos produtos tendem a acrescentar variáveis como a preocupação com saúde e sustentabilidade, a justiça social no processo produtivo, a tradição e origem dos produtos. “Os produtos orgânicos e agroecológicos tinham, no início, mercados locais, feiras específicas, mas hoje estão sendo incorporados por grandes redes varejistas que, atualmente, já se tornaram os maiores vendedores deste tipo de produto no Brasil”, exemplificou o professor.
Na avaliação dele, produtos como os derivados do leite caprino e ovino e da carne desses animais têm potencial para inserção nestes novos mercados, desde que os arranjos produtivos favoreçam a agregação de valor e divulgação destes produtos. Ele tomou como exemplo o caso de marca coletiva do território de Alto do Camaquã (RS), onde a atuação conjunta da Embrapa, associações de produtores, Emater, governo estadual e universidades trouxe resultados como a “cesta” que inclui produtos e serviços, como carne de cordeiro, artesanato local e roteiros turísticos.
Após a palestra, o espaço foi aberto para mesa redonda com os participantes do evento e também com dois convidados que deram sua contribuição via videoconferência: os empresários do ramo de produção de leite de cabra Maria Pia Paiva (Capril Sanri) e Paulo Cordeiro (Caprilat). Maria Pia apontou que ainda há necessidade de informação sobre as preferências do consumidor do leite caprino e seus derivados a serem supridas. “Será que estamos fazendo os produtos que o consumidor prefere? Ainda não conhecemos bem nosso mercado, o que querem os compradores”, ponderou ela.
Paulo Cordeiro afirmou que a cadeia produtiva deve se preocupar com uma melhor divulgação dos derivados do leite de cabra e seus benefícios. O empresário cobrou também uma legislação específica referente à qualidade do leite caprino e a preocupação com a inserção de novos produtos no mercado nacional, como forma de ampliar as possibilidades de oferta. A mesa redonda do segundo dia contou ainda com participações de representantes de órgãos governamentais, laticínios, produtores rurais e empresas privadas.
Adilson Nóbrega
Embrapa Caprinos e Ovinos
FENAGRO 2012 FOI A MELHOR DOS ÚLTIMOS ANOS.
Considerada a maior feira agropecuária do Norte e Nordeste e uma das cinco maiores do Brasil, a Feira Nacional da Agropecuária (Fenagro 2012) superou as expectativas dos organizadores e expositores na sua 25a edição. O evento, realizado entre os dias 24 de novembro e 2 de dezembro, no Parque de Exposições de Salvador, registrou recorde de bilheteria e ultrapassou em 20% a movimentação financeira prevista, que era de R$100 milhões. Este ano, 21 leilões foram realizados, garantindo cerca de 25% do total faturado. Além disso, houve um aumento de 16% em ingressos vendidos em relação ao ano passado, num total de 300 mil visitantes nos nove dias de feira.
Feliz com os resultados alcançados, o secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, lembrou que no primeiro dia do evento havia fila de criadores desejando participar, mas a demanda foi muito grande e todas as baias e argolas foram utilizadas. “Apesar da seca que atingiu o Estado, o agropecuarista baiano mostrou sua força e competência, superando todos os obstáculos e dando exemplo para o mundo. Tenho certeza que recuperaremos nossos rebanhos e nossas pastagens, e voltaremos a produzir grãos e outros produtos com maior produtividade que antes da seca”, afirmou.
Para o diretor da Associação de Criadores de Caprinos e Ovinos da Bahia (Accoba), Almir Lins, o alto padrão de qualidade da exposição é o principal motivo do sucesso. “A Fenagro é um evento que agrada a toda a família, pois oferece programação diferenciada para todas as idades. Tenho certeza que o público saiu tão satisfeito quanto os expositores, que já nos ligam para confirmar que fizeram bons negócios e que desejam estar presentes no próximo ano”, disse.
Participaram desta edição, 800 expositores com seis mil animais, entre bovinos, com 1,1 mil exemplares, eqüinos (800), caprinos e ovinos (três mil). Dentre os destaques da programação, vale ressaltar as Exposições Nacionais das Raças Santa Inês e Seanen, os tradicionais passeios de pôneis e charretes, além da homenagem ao centenário do cantor Luiz Gonzaga.
O evento, que trouxe a realidade vivida no campo para bem mais perto da cidade, ofereceu uma estrutura moderna e confortável aos mais de 300 mil visitantes. Entre Estes, mais de 30 mil estudantes das redes pública e particular de ensino percorreram o parque de exposições e viram de perto como funcionam 27 cadeias produtivas, e conheceram um laticínio, acompanhando desde a ordenha até a transformação do leite em queijo, bem como o funcionamento de uma fábrica de chocolate.
No “Ranchinho de Paia”, os alunos assistiram apresentações de teatro com a árvore animatrônica Dr. Liptus que, este ano, recebeu dois novos amigos para entreter a criançada: o Mandacaru e a Palma. Eles explicam sobre o processo da seca, suas conseqüências e tipos de alimentos que nestes períodos de estiagem são fundamentais para a vida dos animais. Da mão dos novos amigos, as crianças receberam carteirinhas de defensores da natureza, tornando-se responsáveis em levar adiante a mensagem do aprendizado sobre educação ambiental em defesa da natureza e dos animais.